Futuro Ancestral

Heitor Henrique e Thiago Meio Killo, dois nomes que há mais de uma década enredam o universo artístico com sua paixão e criatividade, chegam para nos conduzir por uma jornada visual e emocional que atravessa o tempo e o espaço. Suas obras são testemunhos vibrantes e poéticos da busca essencial e da reflexão sobre as origens que moldam sua essência.

Ao mergulhar na narrativa ‘do passado’, Thiago pinta a história do homem das cavernas, que nos transporta a um universo lúdico e colorido onde o passado ancestral encontra o futuro imaginado. O personagem que caminha através das eras, e sempre está em seu ambiente natural, simboliza a busca por um futuro melhor. Somos envolvidos por uma explosão de cores quentes que recriam a vida em um distante multiverso. Cada pincelada, cada detalhe, conta uma história de sobrevivência e esperança, como se o fogo da cor pudesse iluminar o caminho para uma nova era.

Com isso, ao girarmos o olhar para ‘o futuro’, a paleta de Heitor nos transporta para um mundo onde a vida cotidiana de um robô, anseia por redescobrir o sentimento humano. É um universo de frieza aparente que, sob a superfície, carrega uma profundidade emocional. O contraste entre a vida mecânica e o desejo de retornar às raízes do sentir-social nos oferece uma reflexão sublime sobre o que significa ser, verdadeiramente, parte de um coletivo.

Juntas, as obras de Heitor e Meio Killo formam um diálogo atemporal, um espelho onde passado e futuro se encontram e conversam. Ambas as narrativas se entrelaçam em um espaço que é simultaneamente rústico e futurista, um lembrete de que, independentemente de onde viemos ou para onde vamos, a busca pelo reconhecimento e a reflexão sobre nossas origens permanecem no centro de nossa existência.

Texto por Raul Zeferino