Descrição
Highraff – “Organometria”
HIGHRAFF015
Técnica:
– Acrílica sobre tela
Dimensões:
– 100 x 150 cm
Ano:
– 2023
Sobre o artista “Highraff”:
Rafael Calazans Pierri (conhecido como “Highraff”), Artista Visual e Muralista Paulistano, nascido em 1977.
Apaixonado por desenho desde a primeira infância, Rafael cresceu na Vila Madalena e foi por volta de 1997, em meio a essa atmosfera cultural e urbana do bairro que entrou em contato com o Graffiti. A paixão surgiu ao primeiro traço com spray.
Como Artista local teve grande participação no desenvolvimento do espaço que hoje se tornou o “Beco do Batman”, iniciando a pintar lá no final dos anos 90 e mantendo sua arte lá até hoje de maneira independente. Membro da terceira geração de grafiteiros paulistas, consolidou seu nome como um importante representante do Graffiti Brasileiro, autor de diversos murais espalhados mundo afora. Realizou inúmeros trabalhos importantes e exposições de âmbito nacional e internacional com reconhecimento notório.
A presença nas ruas trouxe uma grande procura das suas obras por arquitetos e decoradores e a sua arte foi convidada a entrar em muitas casas e escritórios. A ideia de entrar em espaços íntimos e dialogar diretamente com a vida das pessoas trouxe novas questões sobre o contraste entre o público e o privado.
Ao longo de sua trajetória, Highraff desenvolveu um trabalho autoral de estilo inconfundível, caracterizado por composições gráficas abstratas, formadas pela combinação de formas orgânicas, sólidos geométricos e linhas precisas. O resultado é uma dimensão imaginária visualmente confortável, que instiga o espectador a investigar novas possibilidades de interpretação da matéria e da realidade…
Observar, sentir e interpretar a Natureza lhe traz inspiração. Macrocosmos e microcosmos, o mundos material e espiritual, visível e invisível se entrelaçando e coexistindo. Matrizes geométricas geradoras de manifestações orgânicas. O caos ordenado da natureza e a ordem caótica do homem… A ausência da Natureza no meio urbano o trouxe a viver mais perto do mato e explorar a cidade pintando com o intuito de relembrar às pessoas a importância da natureza em nossas vidas.
Exposição Organometria:
Organometria é a primeira individual do artista em mais de uma década. Aqui, o despojamento e a espontaneidade para experimentar se unem à consciência sobre o risco dos primeiros amores, que a maturidade traz. O encanto ingênuo e os movimentos instáveis e imprevisíveis (imprescindíveis para a reinvenção) se tornaram parte do léxico visual do artista, no qual não há mais espaço para a ausência de sentido.
Mistos de insinuações de paisagens oníricas e de composições abstratas, neste conjunto de acrílicas sobre tela não há cores isentas e formas puras, mas cores e formas-símbolos. Cor e forma é uma das duplas que moveram e movem discussões apaixonadas na história da pintura.
Nas de Highraff, elas têm o mesmo valor. Por exemplo, se nos deixamos levar pelas insinuações figurativas, podemos delimitar um fundo, parte da composição que, em geral, tem valor menor. A ambiguidade deixa no ar qualquer tentativa de definição e, mesmo que se trate de um fundo, a fatura permanece a mesma do “primeiro plano”. Para completar, o “fundo” não está presente nas primeiras fases do artista. A sua elaboração, portanto, é intencional, sem modismos.
As cores-símbolos e formas-símbolos de Rafael Highraff têm muitas outras camadas. Destaco que, em parte, são fruto de sua versatilidade entre suportes, da desnaturalização do trabalho com escalas imensas, que levou Highraff a conhecer seu próprio corpo como instrumento de proporção (e que não dá mais para ser desconhecido dessa forma: será, para sempre, o corpo inteiro para fazer mesmo a menor das telas).
A experiência soma-se à escolha do artista por trocar a cidade pelo campo, tornando-se “turista” de seu habitat natural, mas sem se ausentar do mundo. Pelo contrário, Rafael Highraff tornou-se cada vez mais presente. Em outra parte, os ícones são sua contribuição no antigo e duradouro debate sobre o que precede a cultura, que construiu parte da tradição pictórica: forma, padrão, proporção.
Entre a coletividade ancestral e a individualidade presente, as pinturas de Organometria foram elaboradas nos últimos dois anos, em um processo lento e metódico, quase ritualístico. Para o público, acostumado a ver a sua obra à distância, o convite do artista é para se “achegar” e, ao invés de buscar os segredos por trás de cada cor-forma-símbolo, amplificá-los.
Texto Curadoria: Daniele Machado
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