Fernando GRANJA – “Acesso à linha Pingo”

Dimensões:

– 27 x 33 cm

Ano:
– 2022

Sobre o artista “Fernando GRANJA”:

Fernando Granja (40 anos), paulistano, pai e conectado à cultura urbana desde o início dos anos 1990, quando começou a andar de skate e explorar a cidade, tendo contato com o graffiti e fazendo suas primeiras experiências em muros da capital paulista, entre 1996 e 1999. Focou sua energia e recursos no skate e, profissionalmente, começou como estagiário de arte na revista 100%SKATE, em 1999, evoluindo para assistente e, a seguir, diretor de arte & editor assistente do periódico impresso. Em 2005, se desligou da revista e se dedicou ao audiovisual, passando a filmar e editar filmes de skate, produzindo conteúdo para canais de TV, comerciais para marcas do segmento e ainda produziu seu primeiro grande marco no skate: o filme independente DUOTONE, de 2008. O vídeo influenciou toda uma geração de skatistas e videomakers, sendo considerado um dos mais importantes da história do skate brasileiro. A partir deste projeto audiovisual, passou a viajar por diversos países na companhia de alguns dos mais renomados skatistas para registrar as suas intervenções por meio de manobras executadas em meio à arquitetura que encontravam em suas explorações pelo mundo. É consultor e videomaker da NikeSB Brasil desde 2009 e já produziu inúmeros filmes para a marca.
Granja, como é conhecido na cena urbana, começou um estudo de autoconhecimento e espiritualidade, em 2012, mergulhando no universo mágico do ocultismo como numerologia, radiestesia, astrologia, medicinas tribais como ayuaska e rapé, medicina tradicional chinesa e filosofias como TAO e Budismo, entre outras. A construção desse olhar para dentro veio mexer com seu Ser interno, culminando na sincronicidade do início da pandemia com o despertar artístico. Sim, ficou duas décadas congelado do graffiti e o isolamento social provocou o reflorescimento do sentimento puro de adolescente descobrindo a vida, além daquela brasa da arte voltar a queimar em chamas mais fortes do que nunca.
Assim, desde 2020, voltou a graffitar na rua e começou um processo infanto-experimental de misturar tintas e outras substâncias que foi encontrando em sua pesquisa despretensiosa, mas que a experiência de trabalhar na mídia impressa com filmes e fotos analógicas fez brilhar a ideia de misturar alguns sais minerais usados na revelação de películas fotográficas, resultando no grande diferencial. O objetivo do trabalho é o despertar da criança interior, desfrutando o prazer do processo sem julgamentos e sem cobrança. Sua pesquisa contínua na arte vem como uma consequência e uma analogia do seu processo pessoal de autoconhecimento e espiritualidade. A pandemia trouxe esse despertar da linguagem que desenvolveu nos vídeos para as telas. É o nascer de um novo artista.