Nunca fui uma “grafiteira convencional”, nunca supri as expectativas do que é um graffiti tecnicamente perfeito… Ser mulher, não-branca, de família humilde, adentrar esse mundo machista que é a cultura do Graffiti, é uma cobrança tripla de ter que provar o seu próprio valor. Meu trabalho é principalmente conceitual, e, por trás da série citada, eu estou pensando fora da caixa, das regras, e o “Pós-Graffiti” traz esse questionamento. É visualizar além do mundo heteronormativo, um modelo defasado, ressignificar esse movimento, trazer uma força desconhecida e feminina à tona, rever todas as estruturas, abrir novos caminhos…