Danilo Omwisye (Zéh Palito) é onde o artista e humanitário se colidem. Um ser humano que viajou por todo o mundo como voluntário e um artista urbano de 28 anos de idade que transformou sua arte em mais de uma unificação comum, em um sentido global e solidário.

Seu trabalho tem sido mostrado ao redor do mundo, em lugares que vão desde Alemanha, Argentina, Bélgica, Coréia do Sul, Chile, Espanha, Estados Unidos, Egito, Polônia, Malásia, Tailândia, Vietnam, Zâmbia entre outros.

Seus temas em sua arte carregam um grande cunho social, falando sobre valores da sociedade atual, problemas raciais, culturais e assuntos contemporâneos. O negro, o índio, o asiático, são figuras que fazem parte da maioria dos seus trabalhos, como um manifesto exaltando a força e a beleza das minorias étnicas e culturas pouco expostas na mídia tradicional.

Grande apreciador de antropologia e estudos de diferentes culturas, “Zéh Palito” afirma que antes de pintar no espaço público costuma fazer um estudo sobre temas locais do lugar onde realiza seus murais. Sua pintura sempre carrega uma mensagem ou significado por traz das cores, é um mundo surreal com tudo interligado. Animais, Seres Humanos e Natureza se fundem em uma existência simultânea e respiram como um só. Sendo também uma constante busca de reinventar a evolução inerente, fazer alusão à libertação de todas as coisas ruins, representando a igualdade de todos os seres humanos, a natureza e os animais como nossos companheiros no ciclo da vida.

Sua arte faz com que sua audiência pare e olhe o mundo ao seu redor, pois, é o ser humano quem determina o que está por vir. Tais intenções, ele não só imitou, mas catalisou dentro de seu trabalho, exemplificando um estado harmonioso de estar onde há a junção.

“Zéh Palito” compartilha sua mitologia visual e pensamentos sobre o futuro, celebrando a vitalidade e dinamismo deste mundo caótico, porém poético, aqui composto por cores intensas, estruturas geométricas, abstrações orgânicas, variações dimensionais cheias de exotismo e sonhos místicos.

 

Louise Bird. (Arts Council of Wales Research and Development Grant.)

 

Negus é uma série de 10 pinturas conceituais. Toda série é baseada na palavra “Negus” o que significa “Rei”, termo usado pelo antigo estado monárquico da Etiópia. Palavra derivada da antiga raiz semítica do Egito. N-g-r, que significa “Deus”.

As palavras de origem africana N-g-r, Negus, Niggah, Negash  e Nkosi. Têm sido usadas historicamente por pessoas de pele escura para mostrar respeito para outras pessoas de pele escura que tenham atingido um nível muito elevado de respeito e honra entre os seus povos.

Essas palavras que exaltavam e dava importância às pessoas de pele escura com o passar dos anos sofreram alterações e que veio a ser utilizada pelos romanos os primeiros europeus a desvirtuar e criar outro sentido para essas palavras.

A palavra “N-g-r” acabou se tornando “Níger”. Como as pessoas de pele escura não tinham direitos e não eram chamadas pelos seus nomes e sim por uma palavra 95% do tempo, tudo isso veio a significar um insulto racial. O que se tornou mais tarde Niger, Nigger , Nigga, Niggaz, ganhou um significado como “uma pessoa suja imunda”. Nos dias atuais particularmente nos Estados Unidos, essas palavras são muito utilizadas e seu uso é inequivocamente pejorativo e uma injúria étnica comum dirigida a pessoas de pele escura.

Negus é uma série que retrata negros comuns, porém classificados aqui como “Reis” que não são donos de um império mais sim donos da sua própria liberdade e existência. Cada pintura tem uma palavra como fator principal da sua criação e sentido: Beleza, Sabedoria, Força, Esperança, Pluralidade, Orgulho, Transformação, Foco e Paz.

A figura do negro, ou melhor, do ser humano aqui é retratado de forma unificada com os animais e a natureza tudo está interligado e faz parte de um plano apenas, um ecossistema onde um necessita do outro.

Todos são N-g-r “Deuses” e a figura do negro é também exposta de forma inacabada com “vestígios brancos” em sua pele e alma, pois dentro de cada negro deveria existir um branco e dentro de cada branco deveria existir um negro, pois somos todos um só ser, somos todos Negus “Reis”.

Danilo Omwisye (Zéh Palito)

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