Portuñol
A galeria abre as portas para uma deliciosa mistura entre Brasil e Chile
A galeria A7MA recebe a partir do dia 15 de fevereiro, a exposição “Portuñol”, dos artistas Thiago Goms e Daniel Marceli. A galeria segue com a exposição até 11 de março, de segunda a sábado, das 11h às 20h. Com entrada gratuita e agendamento de grupos para visitação.
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Portuñol é o que conhecemos pela mistura dos dois idiomas latinos. No caso dos artistas Daniel Marceli e Thiago Goms, esta fusão vai além da linguagem e representa o encontro dialético entre Chile e Brasil. Duas potências do graffiti mundial, Marceli e Goms agrupam similaridades e contrastes entre culturas, traços e técnicas, dialogando por meio de imagens. Corpos humanos que trocam cabeças. Cabeças de peixes e gatos. Encontram-se e conversam num mesmo universo zoomórfico, onde as possibilidades se tornam infinitas e tudo existe a cores vivas.
Thiago Goms, nasceu em São Paulo, na região do Grajaú, extremo sul da capital. Quando criança, atravessava a cidade com sua família para visitar outros parentes. Durante o trajeto, ficava fascinado pelas pixações e graffitis que observava pela janela do ônibus, isso o motivou a reinventar tais cenários em seus cadernos de escola e, posteriormente, a levar seu universo imaginário para as ruas. Com tempo e prática, evoluiu técnicas e passou a representar em seus desenhos a mistura de corpos – humanos e animais – em um cotidiano fantástico baseado no comportamento de seus amigos, familiares e também na auto-observação.
Daniel Marceli nasceu no arquipélago de Chiloé, sul do Chile, de onde partem as influências e temas de suas obras, apesar da residência atual na cidade de Valparaíso. Chiloé é uma ilha com costumes, crenças e arquitetura destacadas das outras cidades do país. Inspirado por essa herança cultural, Marceli cria seres mitológicos, e recria a cultura local, tendo nos telhados e palafitas a matéria prima para trabalhos de pintura, escultura e instalação. Marcus Vinícius Enivo (também artista)
Sobre a galeria
No espaço de arte e cultura, A7MA (lê-se a sétima), em São Paulo, somam artistas, telas pincéis e amigos – por meio do desejo genuíno de amplificar a arte contemporânea com influencias da rua, até o limite do possível. Fundada em 2012, é organizada por Marcos Ramos ˚Enivo, Tché Ruggi, Cristiano Kana , Alexandre Enokawa e Raymond Supino. Do indivíduo ao coletivo, muito além de um nome – athima (alma em hindu), a ‘A7MA’ é a representação da união de duas casas artísticas: o ‘Coletivo 132’ e a ‘Fullhouse’. Com mais de 100 m² de arte, o repertório cultural da galeria já tem mais de 30 exposições em seu catálogo e um acervo variado obras e é considerada um dos principais espaços na cidade, interessado exclusivamente pela arte de rua.
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