MÁ·TRI·A

MÁ·TRI·A
(alteração de pátria, por analogia) substantivo feminino

Designação dada à pátria, numa  perspectiva feminina ou feminista.

“mátria”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa , 2008-2021,  https://dicionario.priberam.org/m%C3%A1tria  .

A união de mulheres em uma perspectiva ao Matriacado, onde não há competição nem culpa, apenas poder, apenas resistência, apenas querer, entre tantos apenas, nunca esperamos pela pena, seguimos, produzimos e escrevendo a nossa história nesse espaço expositivo, graças a rua. Rua substantivo feminino que fez de nós rainhas, exaltadas e aclamadas pelo machismo que os movimentos urbanos no fazem engolir pra existir.

Transmutando e impondo na Arte a energia feminina que tem a ver com ser, sentir e fluir. É sutil, suave e amorosa e está intimamente relacionada à expressão emocional, cooperação e nutrição afetiva. Nesse lugar seguimos, sendo fortes vestindo nossos mantos e exaltando a Grande mãe, a suprema divindade e as forças atreladas a nossa produção, e ao nosso poder geracional, nosso útero nos une e nossos cordões se entrelaçam em momentos de criação, já que somos apoio umas as outras. Não é difícil perceber a necessidade feminina de se unir pra
resistir, criar elos de poder e troca, o resultado do trabalho vem de dentro pra fora, como uma especie de saber místico, sangramos e co-criamos.

Nos empoderamos na Arte, nela explicamos nossa existência e o desejo da ação de ser poderosa, poder esse que nada tem haver com superioridade mas sim com um desejo de emancipação individual, buscando ter domínio sobre a nossa própria vida. Assumir o poder individual deveria ser algo simples dentro de qualquer contexto social, mas pra mulher nunca é.

E por nós essa emancipação através do poder não é uma ideologia a ser pregada e sim uma forma de criar consciência, mostrar e ver o todo. A partir disso, qualquer ser pode mudar sua forma de agir diante de diversas situações sociais, apoiando causas e ações criadas por mulheres, possibilitando nossas lutas na igualdade entre gêneros, no âmbito social e político. Dentro desse cenário seguimos confiantes independente da aprovação de outras pessoas, nem sempre

agradamos, mas estabelecemos nossos limites dentro de um rolê sem limites, onde quem pode mais chora menos, fracas nunca seriamos, senão aqui não estaríamos.

É inato a nós o poder de criação, de ensinamentos e de preparar as novas gerações, por isso nesse curto espaço de tempo eu pude ver esse fenômeno das ruas, de poucas, hoje somos muitas, vejo nessas mulheres não só amizade, vejo as minhas crias, que criam e recriam uma realidade dura de afrontamento e enfrentamento, mas de forma amorosa e forte, com lutas e também muitas conquistas, a rua é nossa, a rua é sua, é de que quiser, independente das disputas permaneceremos, pois quem nasceu como artista da rua nesse caos e tempestade reinará nessa terra da garoa.

Grito pelo nosso poder, selando em forma de Arte nossas conquistas, aqui estamos, aqui chegamos, e nesse momento somos, artistas, mães, criadoras e crias, de forma suprema, tocando as profundezas do nosso próprio ser, iremos até o limite das nossas condições e tempo, através de nossa revolução silenciosa, nos eternizamos nesse período histórico.uisa particular e introspectiva direcionada à cura das infâncias feridas, de forma individual e coletiva.

SERVIÇO Exposição “Má·tri·a”

Abertura: 02 de Março de 2023 às 16h

A7MA Galeria — Rua Medeiros de Albuquerque, 250

Vila Madalena São Paulo

+55 11 95301-1796

Entrada gratuita

Informações para imprensa:
a7magaleria@gmail.com

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