“Entre concreto e aço” – Rafael Sliks e Kaur

Entre concreto e aço

Cimento areia e pedra. blocos empilhados, metal fundido. Constroe- se assim uma metrópole, de paredes, portas, trincos, fechaduras e cadeados sempre trancados, separando o dentro e o fora, o meu e o seu nesta sociedade que visa primeiramente o ter, transformando pessoas em engrenagens apáticas. São Paulo se apresenta cada vez mais cinza e escura, os aglomerados prédios cresceram desenfreadamente e taparam o sol, Verticalizaram o Horizonte. Nesta multidão de anônimos, alguns insistem em existir, bombardeando, explodindo cores, gritando traços, fazendo-se presentes através da transformação na paisagem urbana. Nas paredes, se tornam notáveis, legitimando seus nomes inventados e incontávelmente repetidos, aprimorando-se em quantidade e qualidade nas texturas do tempo, são eles, os chamados escritores, ou mesmo writers, usando os muros da megalópole como um gigante bloco de anotações, destruição em massa do triste cinza nulo que assombra a cidade do caos. Kaur e Sliks são exemplos vivos de constante atuação, carimbando nas ruas seus nomes a mais de 15 anos. Mantendo assim vivo, o movimento “Graffiti”. Quando ambos entram em suas casas e ateliês, deixam a rua do lado de fora, porém, a necessidade de expressão através da pintura continua, dada pelas reflexões sobre as experiências adquiridas através das vivências nas ruas da cidade de São Paulo. Os coloridos grafismos sólidos pintados por Kaur representam as construções que rasgam horizontes e impedem olhar além, entre revolta e Amor, Explosão de cores. Gestual expressão, precisão nos traços e primorosa composição cromática, sobreposição de tags ilegíveis, resultando em tramas, texturas e abstratos universos. São as notáveis características na obra de Rafael Sliks. Cromo, prata, preto e branco, cores se manifestam.

“ENTRE CONCRETO E AÇO”.

ENIVO (Observador)

Sobre a galeria

No espaço de arte e cultura, A7MA (lê-se a sétima), em São Paulo, somam artistas, telas pincéis e amigos – por meio do desejo genuíno de amplificar a arte contemporânea com influencias da rua, até o limite do possível. Fundada em 2012, é organizada por Marcos Ramos ˚Enivo, Tché Ruggi, Cristiano Kana , Alexandre Enokawa e Raymond Supino. Do indivíduo ao coletivo, muito além de um nome – athima (alma em hindu), a ‘A7MA’ é a representação da união de duas casas artísticas: o ‘Coletivo 132’ e a ‘Fullhouse’. Com mais de 100 m² de arte, o repertório cultural da galeria já tem mais de 30 exposições em seu catálogo e um acervo variado obras e é considerada um dos principais espaços na cidade, interessado exclusivamente pela arte de rua.

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