“Dualidade”
William Mophos é paulista, nascido em São Bernardo do Campo, cidade onde começou a pintar influenciado por seu irmão mais velho. Segundo o artista, seu estilo de pintura é definido como “espiritualmente inerente” e se encontra em contínua modificação por buscar formas distintas de representar seus sentimentos. O contato com a arte de rua e, consequentemente, convívio com materiais não reciclados e abandonados voltou à atenção de William para a beleza e diversidade encontrada no lixo. Cada uma das peças, com suas texturas e formatos, se fizeram únicas através da ação do tempo.
A matéria-prima coletada na rua fez-se única através da ação do tempo, dando origem a peças que compõe o elemento urbano na série. Já o universo espiritual e interno expressa-se no vazio do espaço-tempo que, em sua ausência de limitações, faz uma analogia à vastidão da mente humana.
Propondo uma contraposição em que o corpo representa a interface entre o exterior e o interior da consciência humana, surge a exposição “Dualidade”. Os fatores que compõe a visão externa e material do cotidiano fazem referência a rotina de grandes metrópoles.
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Sobre a galeria
No espaço de arte e cultura, A7MA (lê-se a sétima), em São Paulo, somam artistas, telas pincéis e amigos – por meio do desejo genuíno de amplificar a arte contemporânea com influencias da rua, até o limite do possível. Fundada em 2012, é organizada por Marcos Ramos ˚Enivo, Tché Ruggi, Cristiano Kana , Alexandre Enokawa e Raymond Supino. Do indivíduo ao coletivo, muito além de um nome – athima (alma em hindu), a ‘A7MA’ é a representação da união de duas casas artísticas: o ‘Coletivo 132’ e a ‘Fullhouse’. Com mais de 100 m² de arte, o repertório cultural da galeria já tem mais de 30 exposições em seu catálogo e um acervo variado obras e é considerada um dos principais espaços na cidade, interessado exclusivamente pela arte de rua.