Descrição
Priscila Amoni – “Comigo Ninguém Pode III”
Técnica:
– Óleo sobre tela
Dimensões:
– 20 x 30 cm
Ano:
– 2023
Sobre a artista “Priscila Amoni”:
Priscila Amoni é artista de Belo Horizonte, MG.
É pintora, muralista, co-idealizadora e curadora do CURA, o Circuito Urbano de Arte, que está hoje entre os 3 maiores festivais de arte pública do Brasil, com 7 edições.
Tem 15 anos de pintura clássica e 10 de muralismo, já tendo realizado pinturas murais no Brasil, em Portugal e na França, e um total de 5 empenas de prédios pintadas.
Seu trabalho como pintora investiga as potências de ser mulher diante do mundo. Sua pesquisa artística é uma reivindicação à sabedoria das benzedeiras, curandeiras, rezadeiras, raizeiras, mulheres de terreiro, mães, deusas, orixás. O estudo dos corpos femininos – em todas suas formas – junto à utilização das plantas de poder e de cura, resgata as estratégias de resistência das mulheres como detentoras do conhecimento ancestral.
Em sua obra, mulheres são plantas. Crianças são bichos. Das mãos nascem plantas de poder, ferramentas de guerra ou proteção. Folhas são para banho, benzimento, chá, medicamento, tempero.
Os hibridismos são pontes erguidas com o plano espiritual.
A contemporaneidade da obra de Priscila consiste no muralismo: técnicas clássicas de pinturasobre superfícies urbanas: um encontro mágico entre o ancestral e a efemeridade do tempo.
Sobre a exposição “MÁTRIA”:
A união de mulheres em uma perspectiva ao Matriacado, onde não há competição nem culpa,
apenas poder, apenas resistência, apenas querer, entre tantos apenas, nunca esperamos pela pena, seguimos,
produzimos e escrevendo a nossa história nesse espaço expositivo, graças a rua. Rua substantivo feminino
que fez de nós rainhas, exaltadas e aclamadas pelo machismo que os movimentos urbanos
no fazem engolir pra existir.
Transmutando e impondo na Arte a energia feminina que tem a ver com ser, sentir e fluir. É sutil,
suave e amorosa e está íntimamente relacionada à expressão emocional, cooperação e nutrição
afetiva. Nesse lugar seguimos, sendo fortes vestindo nossos mantos e exaltando a Grande mãe,
a suprema divindade e as forças atreladas a nossa produção, e ao nosso poder geracional, nosso
útero nos une e nossos cordões se entrelaçam em momentos de criação, já que somos apoio umas as
outras. Não é difícil perceber a necessidade feminina de se unir pra resistir, criar elos de poder e troca,
resultado do trabalho vem de dentro pra fora, como uma especie de saber místico, sangramos e co-criamos.
Nos empoderamos na Arte, nela explicamos nossa existência e o desejo da ação de ser poderosa,
poder esse que nada tem haver com superioridade mas sim com um desejo de emancipação individual,
buscando ter domínio sobre a nossa própria vida. Assumir o poder individual deveria ser algo simples
dentro de qualquer contexto social, mas pra mulher nunca é. E por nós essa emancipação através do
poder não é uma ideologia a ser pregada e sim uma forma de criar consciência, mostrar e ver o todo.
A partir disso, qualquer ser pode mudar sua forma de agir diante de diversas situações sociais,
apoiando causas e ações criadas por mulheres, possibilitando nossas lutas na igualdade entre
gêneros, no âmbito social e político. Dentro desse cenário seguimos confiantes independente
da aprovação de outras pessoas, nem sempre agradamos, mas estabelecemos nossos limites
dentro de um rolê sem limites, onde quem pode mais chora menos, fracas nunca seríamos,
senão aqui não estaríamos.
É inato a nós o poder de criação, de ensinamentos e de preparar as novas gerações.
Por isso, nesse curto espaço de tempo, eu pude ver esse fenômeno das ruas, de poucas, hoje muitas.
Vejo nessas mulheres não só amizade, vejo as minhas crias, que criam e recriam uma realidade dura de
afrontamento e enfrentamento, mas de forma amorosa e forte, com lutas e também
muitas conquistas. A rua é nossa, a rua é sua, é de que quiser, independente das disputas,
permaneceremos, pois quem nasceu como artista da rua nesse caos e tempestade reinará nessa terra da garoa.
Grito pelo nosso poder, selando em forma de Arte nossas conquistas, aqui
estamos, aqui chegamos, e nesse momento somos, artistas, mães, criadoras e crias, de forma
suprema, tocando as profundezas do nosso próprio ser, iremos até o limite das nossas
condições e tempo, através de nossa revolução silenciosa, nos eternizamos nesse período histórico.
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